domingo, 25 de março de 2007

I forgot to take my meds

Uma música que me faz respirar é como olhar de frente pra uma arma apontada, pois minha respiração varia de um suspiro aliviado até uma respiração contínua e mecânica que não para me fazendo sentir muito mal. Passei certos momentos do show cravado de punhais nas costas e suportanto as dores calado, pq eu acho que demonstrar dor é um grave sinal de fraqueza. Troquei qualquer emoção pra manifestar clichês indie abachando minha cabeça e cruzando os braços escrevendo uma placa que dizia: Eu me basto...foda-se. Acho que foi minha manifestação mais próxima do público que tava lá. Preciso de momentos egoístas pra pensar pq apesar de uma certa quantidade de álcool no meu sangue, prefiro me bastar do que tirar os punhais e arremessar em pessoas que não tem nada a ver. Eles são meus e já fazem parte da minha anatomia. Andam comigo dentro do meu relicário, pois ainda não consegui diferenciar o que eu considero sagrado e o que me machuca. Acho que no final é tudo a mesma merda...

terça-feira, 20 de março de 2007

Chá com Mary Jo

Deixei claro no meu perfil que curtia filmes que me deixassem desconfortável. Hoje foi um dia em que isso ocorreu e minha cabeça se transformou em um turbilhão de pensamentos jogados como se estivessem saindo de uma metralhadora em minha direção. Nos meus devaneios fiquei pensando até que ponto eu e as pessoas saem das suas realidades e se fantasiam (elas mesmas e a relação com o mundo). Não to falando de forma alguma aqui sobre falsidade, mas até que ponto saímos um pouco do mundo, ou muito? Penso que talvez seja uma forma de escapar, o que eu faço com frequência em atitudes despercebidas. Vai desde fumar um cigarro depois do almoço, ler um livro qualquer até passar a noite tomando um porre de Belle & Sebastian. Fiquei pensando como a vida pode ser cruel e dura, daí criamos formas de escapar disso. Pode ser uma religião, um porre ( o que eu posso me incluir), ou fuder a noite toda e não pensar em mais nada. Depois de pensar acabei não chegando numa resposta e acho que nem vou conseguir. Enquanto isso vou continuar abrindo o peito pra tomar mais tiros dessas metralhadoras. TAlve já tenha virado um vício me incomodae, mas será isso também uma fuga? Ou um clichê indie barato?

domingo, 18 de março de 2007

O Primeiro Aroma

Resolvi fazer um blog depois de muito tempo em que acabei tendo preguiça de escrever no meu. Com a minha rotina de madrugador, o café, algumas leituras, alguns programas de madrugada (que me fazem sentir uma profunda vergonha alheia), cigarros e trip hop são o que acompanham minhas noites em que as minhas idéias, tristezas e alegrias podem sair um pouco pro mundo, pois deixar sentimentos e reflexões presos o dia inteiro dá um certo desgaste. Preciso da madrugada pra deixa-los passear por aí até que retornem quando eu acordo e os mantenho acorrentados e trancados na rotina.