terça-feira, 20 de março de 2007

Chá com Mary Jo

Deixei claro no meu perfil que curtia filmes que me deixassem desconfortável. Hoje foi um dia em que isso ocorreu e minha cabeça se transformou em um turbilhão de pensamentos jogados como se estivessem saindo de uma metralhadora em minha direção. Nos meus devaneios fiquei pensando até que ponto eu e as pessoas saem das suas realidades e se fantasiam (elas mesmas e a relação com o mundo). Não to falando de forma alguma aqui sobre falsidade, mas até que ponto saímos um pouco do mundo, ou muito? Penso que talvez seja uma forma de escapar, o que eu faço com frequência em atitudes despercebidas. Vai desde fumar um cigarro depois do almoço, ler um livro qualquer até passar a noite tomando um porre de Belle & Sebastian. Fiquei pensando como a vida pode ser cruel e dura, daí criamos formas de escapar disso. Pode ser uma religião, um porre ( o que eu posso me incluir), ou fuder a noite toda e não pensar em mais nada. Depois de pensar acabei não chegando numa resposta e acho que nem vou conseguir. Enquanto isso vou continuar abrindo o peito pra tomar mais tiros dessas metralhadoras. TAlve já tenha virado um vício me incomodae, mas será isso também uma fuga? Ou um clichê indie barato?

Um comentário:

Priscila de Oliveira disse...

isso é tão verdade... Fuga o tempo todo, mas como já dizia Bob Marley você não pode fugir de si mesmo... E sendo os vícios uma fuga, viciar-se nas fugas é algo duplamente fugidio, não?!

Beijos.