domingo, 1 de julho de 2007

Obsoleto

Segundo a concepção positivista, o ser humano nasce, cresce, se reproduz e morre e levando isso pra um ponto micro, que me refiro ao cotidiano. O ser humano acorda, trabalha (se alimentando nas horas apropriadas, quando a relação de trabalho permite), chega em casa e dorme. Para começar tudo de novo ao som industrialmente repetido dos carros, das máquinas, to teclar do computador, do toque do celular (mesmo que o seu seja personalizado), das buzinas, sirenes entre outros elementos. O meu grande problema está aí. Eu acordo, estudo ou trabalho, volto para casa e...no dia seguinte acontecendo a mesma coisa até que meu corpo não aguenta e eu entro na engrenagem estudando, comendo, dormindo e acordando, mas no dia seguinte ela falha de novo e assim vai rodando dessa aneira torta. Claro que seria ótimo não estar nos moldes da engrenagem, mas meu cotidiano não tem no seu programa caminhadas pela orla, com direito a água de côco, tampouco cervejas geladas co gosto de segunda-feira. No momento em que digito eu não consigo fechar os olhos e teria que estar totalmente inserido nas engrenagens, pois estarei fazendo em poucas horas um espécie de avaliação para entrar numa máquina em que as engrenagens são mais disciplinadas do que meu tosco desempenho em girar para fazer com que os outros componentes andem. Me pergunto se eu não arrebentaria antes mesmo de completar uma volta ou são apenas divagações com cheiro de madrugadas não dormidas...

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